Chocolate: a fantástica fábrica de saúde

O chocolate nasceu na América. Admite-se que os índios astecas, no México, foram os primeiros a cultivar o cacau, e dele produzir uma saborosa infusão. Os registros mais antigos datam de mais de três mil anos atrás. No final do século XVI, a bebida feita à base de cacau aportou na Europa, levada pela trupe de Colombo (esse sim o verdadeiro ovo de Colombo). Foi batizada de chocolate e rapidamente se espalhou pelo Velho Mundo. Em pouco tempo, além da forma líquida, tabletes, bombons e outros quitutes passaram a ser fabricados, fazendo a alegria das pessoas “normais”. Difícil encontrar alguém indiferente ao irresistível sabor do chocolate, nas suas mais diversas apresentações.
Com a proximidade da Páscoa, seu consumo por essas bandas aumenta de forma exponencial. E já que é quase impossível resistir, por que não fazer dessa doce obrigação, algo útil ao coração? Inúmeras pesquisas já demonstraram que os chocolates escuros, do tipo amargo, são extremamente ricos em flavonoides, um dos tipos de polifenóis. Essas substâncias reduzem a oxidação do LDL (colesterol “ruim”), promovem o aumento do HDL (colesterol “bom”), inibem a formação de coágulos e reduzem a pressão arterial, entre outros benefícios.
Claro que o consumo deve ser moderado, princípio universal quando se fala em alimentação saudável. No momento atual, a ciência persegue a produção de uma pílula mágica, à base de cacau, com alta concentração dos tais polifenois e sem o excesso de gordura saturada. Enquanto esse dia não chega, o jeito é apelar para as barrinhas com concentração de pelo menos 70% de cacau, sem medo de ser feliz.